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quinta-feira, 21 de maio de 2015

Primeiros dias de vida nova




Novidades, novidades e novidades!

Pode soar óbvio, mas numa situação de: (1) primeira viagem para o exterior, (2) pra Europa, (3) pra Irlanda, (4) pra Galway, QUALQUER coisa que eu vejo é nova pra mim! O clima e como é louco o clima desse lugar, as pessoas e seus respectivos jeitos de se vestir, se comportar, de falar (e se ouve de tudo um pouco: inglês, francês, espanhol, português e com certeza outras línguas que nem imagino que existam).

Comecei minha estadia aqui em um hostel, pois como eu disse aqui, a acomodação da escola só estaria disponível a partir de sábado, ou seja, 3 dias depois da minha chegada. Tinha uma reserva de 2 dias num quarto quádruplo e de 1 dia num pra 6 pessoas, no Barnacles Hostel. Foi uma experiência interessante, já que eu nunca tinha estado em um, mesmo no Brasil. Mas o mais legal é como acabou existindo uma "girada de chave" pra começar a usar inglês.

Já fui pedindo as coisas no avião da Ibéria em inglês, e mesmo com os comissários não me entendendo 100% do tempo claro que a culpa era do meu inglês e não deles, acho me virei bem, até mesmo nos problemas em que precisei me virar no aeroporto de Madri, como falei no último post. Mas foi pondo os pés no hostel é que vi que o "se vira nos 30" estava mesmo começando.

Peguei as informações referentes à estadia com uma moça na recepção, e foi relativamente tranquilo. No primeiro dia (noite, aliás), dividi o quarto com um casal de americanos, que só estavam aquela noite em Galway. Foram bem simpáticos, e conversamos um pouco sobre a Irlanda, corridas de carro nos EUA e a vergonha do 7 a 1 na Copa do Mundo.

No segundo dia, levei um choque ao chegar na cozinha pra tomar café da manhã. Foi mais um daqueles já incontáveis momentos em que você não sabe direito como agir, e num lugar cheio de gente! Peguei pão, geléia e suco de laranja odeio suco de laranja, mas era o que tinha, cumprimentei as pessoas e comi meio assustado. Fui pra escola tentar adiantar a parte do processo de visto que possui participação deles, não adiantou nada. Participei de uma reunião lá sobre uma Festa Junina que estão organizando, comprei um chip pro celular, e no hostel, pouco tempo depois, estava dividindo o quarto com duas canadenses. Bem tranquilas, conversamos só um pouco sobre os planos de viagem, e tentei quebrar o gelo falando da bendita água irlandesa que faz parecer que existe um bebê alien na barriga. Depois, dei uma volta na cidade com a moça da agência, e deu pra conhecer alguns lugares.

No terceiro dia foi meio chato pois precisei fazer o checkout pra sair do quarto às 10:30h e só poderia fazer o checkin do outro às 15:30h. Depois do café fiz enrolei um pouco e lá estava eu, sem-teto por algumas horas. Tentei encontrar o endereço certo da minha acomodação pra daí a alguns dias (as informações da agência estavam extremamente desencontradas), e precisei ligar o "se-virômetro" de novo, pra perguntar as pessoas nas ruas e insistir na escola para me darem as coordenadas corretas, até conseguir resolver isso. Fui até Salthill, o bairro mais próximo que possui praia, enfrentei um frio danado e no fim só tirei algumas fotos e voltei. Depois de comer alguma coisa, fui procurar um lugar onde havia uma exposição de um evento de música antiga na cidade. Deu um trabalho do cão encontrar onde era, mas um senhor muito agradável o qual eu questionei, simplesmente foi perguntando rua afora, e só saiu do meu lado quando teve a certeza que era o lugar correto, questionando a recepcionista do lugar. Isso é muito legal!!!

Voltando pro hostel, depois de mais um tempinho enrolando, fui para o quarto. E após algumas horas haviam 5 franceses, bastante bagunceiros, falantes (de francês, óbvio) virando o quarto de cabeça pra baixo! Mas nesse momento eu só queria dormir e finalmente ir pra acomodação no outro dia.

Então no sábado, após acompanhar uma peça de teatro curtinha referente ao tal evento do dia anterior tudo de graça, claro, dei mais uma volta pela cidade e fui buscar as chaves da acomodação. Pude deixar minhas malas no hostel, já que teria que andar um bocado pra pegar as chaves, e voltar pra praticamente o mesmo lugar, bem próximo de onde era o apartamento (mais um exemplo de "how lovely" eles são). Chegando lá, descobri que dividiria a casa com mais um brasileiro, mas o rapaz é boa gente, e também me deu algumas dicas de como me virar aqui.

Ainda tô me acostumando a muita coisa, mas acho que os dias de choque inicial já passaram. Agora é arrumar um lugar definitivo e dedicar pra valer na escola (assuntos dos próximos posts).

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